Paris

Deslumbrante e plena de fascínio, Paris é o encontro com a memória e o sonho, tantas vezes construído no nosso imaginário. Ei-la que se nos oferece aos olhos e à alma, verdadeira de mais para ser real, no sufoco das emoções, neste reencontro sonhado, por onde levitamos, nesse mundo de charme, glamour e esplendor.

Cada recanto é o encontro mágico, como se fosse nossa esta cidade, nossa de tantas viagens, percursos apenas e só da imaginação, capital de outros mundos, casa de idas e vindas, nas viagens em voos rasantes ao delírio, o sitio de todos os encantos, a morada do irreal, o outro lado do sonho, o céu já aqui.

Paris das lendas, mítica, apaixonante, sensual, cidade nas nuvens, povoada de tantos sonhos.

Tudo certo, tudo aquém do mundo impresso na memória, perfeito e exacto, como tem de ser, sem palavras para dizer.

As avenidas, o chão de pedra, as árvores como sebes gigantes, os monumentos da memória, o Sena e o mundo criativo das gentes nas suas margens, sobretudo as flores, os pintores e as tendas com quadros, velharias, discos, artefactos da memória.

O aroma de Paris, a alegria, o charme das gentes nas ruas, o estilo, a beleza, tanta vida e história em cada esquina, a reviver quadros, cenas, um teatro real, quase absurdo, frenético e algures a canção, a voz rouca e quente de Brell.

Paris, do pouco que sei e vi, para o muito que tem, o que me diz e sussurra, o que esconde no silêncio que grita, é uma cidade inesquecível, um lugar absoluto do sonho, onde não sei se fui, se nunca estive, ou se sempre está em mim.