* Escultura

A escultura é uma das artes mais nobres do Homem. Através dela, o Homem sempre expressou a suas emoções, moldou os seus sonhos, corporizou tantos desejos e memórias, perpetuou lembranças, deslumbres, reconhecimentos, em rasgos de génio.

Desde os tempos imemoriais, nos primeiros esboços da sua criação, o homem modelou materiais até lhes dar forma, até descobrir quanto podia reproduzir do mundo, quanto podia criar, construir objectos, pela sua imaginação, pelas suas mãos,dando forma à matéria, fazendo brotar do seu engenho e arte, criações que hoje são testemunho da sua história, do seu percurso nos tempos.

Da matéria grotesca e disforme, da pedra rude, os seus olhos viram arte, corpos a despontar, sonhos a lapidar. Apenas libertava-os desse penoso calvário do silêncio, para lhes dar corpo, vida, na obra que renascia.

A escultura ganhou rumos e deu corpo a tanto engenho, tantas obras de arte, transformou tanta matéria, em objectos concretos, e fez do mundo a sua casa, em monumentos, bustos, corpos, representações , apelos, memórias, gritos, evocações, alegrias, exaltação, amor, raiva, loucura, sonhos, devaneios, o Homem repartido em tantas emoções, talhadas na pedra, no mármore, no metal, na madeira, em obras clássicas, formais, monumentais, ou simples peças de imaginação, objectos de afecto, expressões de modernidade, visões de futuro ou memória do passado, artefactos que enchem o mundo, as ruas, as cidades, os museus, a nossa vida.

Adoro andar por aí, na minha cidade e no mundo, ao encontro dessas memórias, vendo, descobrindo e sentindo essa escultura, preservada nos locais de culto, no silêncio dos museus, ou expostas ao vento e à chuva, ao calor e ao frio, como simples peças deste mobiliário citadino que nos envolve no dia a dia.

Aqui reproduzo algumas peças,representativas da Escultura, dos vários estilos e escolas, neste meu gostar, solto e informal, permissivo a tudo que me diz algo.